quarta-feira, 29 de maio de 2013

ALGUÉM NO PREFEITURA LÊ O BLOG



Pode ser pretensão, mas ou alguém na Prefeitura do Rio lê este blog, ou (é o que acho, modestamente) o bom senso e o bom português prevaleceram.
Hoje (29.05.2013), pela manhã, indo para o Fundão, reparei que desde a saída da auto estrada Lagoa Barra, as antigas placas de sinalização que indicavam “INTERNACIONAL” agora indicam Aeroportos (Airports) e o símbolo do aviãozinho ao lado.
Este assunto foi um dos primeiros comentários deste blog (em 28/01 e 11/02), no início do ano e escrevi que as placas indicativas no trânsito do Rio continham adjetivos em vez de substantivos, e que ninguém de fora do Rio, brasileiro ou estrangeiro, entenderia aquela coisa.
Parabéns à Prefeitura do Rio que começou a corrigir esta maluquice. Mas como o escritor deste blog é insistente ou chato, faltam tirar os “Universitários”, os “Leila Diniz” e outros erros nas placas, coisas como adjetivos em lugar de substantivos e nomes de locais que só fazem sentido para moradores do Rio ou mesmo moradores do local onde se encontra o local indicado pela placa.
Vejam abaixo uma das placas, colocada no acesso ao Túnel Rebouças.
Acesso ao Túnel Rebouças pela Av. Borges de Medeiros
Mais uma vez, parabéns à Prefeitura do Rio (em nome da lógica e do bom português).

domingo, 26 de maio de 2013

ESPORTE X TRÂNSITO – A visão de um ciclista


Desculpem pela ausência, mas um acidente com Dona Patroa complicou um pouco as coisas aqui em casa. E até este acidente vai ajudar com um comentário dela sobre o esporte.
Ela tomou um tombo treinando para uma corrida de 5 km e quebrou o braço. Dois meses parada com os exercícios.
E como eu ia completar o post anterior com o que agora escrevo, acho que são complementares.
O esporte, para a Patroa e eu, foram e são importantes para mantermos a sanidade mental de nosso dia a dia. Nos anos 80 e 90, fomos corredores ávidos e eu, além das corridas, fui ciclista federado, tendo competido nas primeiras provas de mountain bike aqui do Rio.
Os acidentes com ciclistas e ônibus geraram uma série de comentários em jornais, blogs e vi que alguns procedem e outros são feitos com total desconhecimento de esporte, e principalmente ciclismo.
Os ciclistas podem ser divididos em 3 categorias gerais:
·      Os esportistas e mantenedores de saúde;
·      Os de deslocamento para trabalho e escola;
·      Os “domigueiros”.
Os primeiros são fáceis de identificar, pois estão devidamente paramentados com bermudas próprias, luvas, capacetes e óculos de policarbonato. E se repararem nas bicicletas, algumas são bem estranhas e todas equipadas. São figuras fáceis se vocês madrugarem, pois estão nas ruas a partir das 4:00. E somem das ruas entre 6:00 e 7:00. Andam normalmente em grupos, e são figuras típicas da Zona Sul e da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Os do segundo tipo são facilmente encontrados na Zona Oeste do Rio e em áreas rurais do Município. Bicicletas mais simples e andam sem capacete.
Os do terceiro tipo, só são vistos, em sua maioria, nos fins de semana e feriados, andam nas ciclovias, alguns carregam filhos em cadeirinhas (perigosíssimas), e a bicicleta é vista como um brinquedo. Reinam nas ciclovias do Rio.
A Prefeitura do Rio criou uma área de treino para os ciclistas esportistas no Aterro do Flamengo, que fica fechado ao trânsito das 4:00 às 5:30. Em uma hora de treino, a turma consegue fazer uns 30 km e é um bom treino diário. Li muitas reclamações em jornais, com pessoas criticando a medida. Mas acho isto uma bobeira, já que o Aterro neste horário é quase zero de trânsito e existem rotas alternativas entre o Centro e a Zona Sul, principalmente pelas pistas internas do Flamengo. Palmas para a Prefeitura do Rio.
Outros comentários que li falavam do fato da má educação dos ciclistas. Vou falar por mim. Quem treina para manter saúde ou competir, a última coisa que quer é ficar parado por contusão ou por um acidente. Este comentário foi da Dona Patroa que está reclamando por ficar 60 dias parada sem suas corridas. Nos anos 90, fui atropelado (uma correndo e outra pedalando) e por conta do atropelamento na bicicleta fiquei com a mão quebrada parado por 40 dias.  E retornar do zero é um horror. Ou seja, o ciclista de competição, em sua maior parte, é o cara mais respeitador de leis de trânsito, de pedestres, de carros, etc, pois a última coisa que quer é se envolver em acidente. Pelo tempo que fica parado e pelo prejuízo que tem, pois quanto mais grana tem, mais caro é o seu equipamento. Algumas bicicletas custam o mesmo que um carro popular.
Se você está atravessando uma rua ou está ao volante de um carro, respeite o ciclista. Diminua ou não cruze na frente do mesmo, achando que ele vai frear. Ele pode até tentar, mas andando a 40 km/h em uma bicicleta, frear bruscamente significa ir ao chão, e ¡as vezes ser atropelado ou atropelar um pedestre.
Boa convivência no trânsito a todos.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

ESPORTE X TRÂNSITO

Como sempre escrevo, às vezes o comentário planejado é atropelado (sem segundas intenções) por fatos do dia a dia.
Infra estrutura do nosso dia a dia é coisa que vemos e sentimos ao nos deslocarmos de casa para o trabalho, para a escola, ao supermercado ou mesmo em nosso lazer.
Ontem e hoje me surpreendi com a violência dos atropelamentos e da morte do triatleta e dentista Pedro Nikolay Vargas e o atropelamento do triatleta Alberto da Silveira Júnior (este felizmente só teve uma fratura na perna).
A empatia que sinto por estes atletas é enorme e, para quem não sabe, eu nos anos 80 e 90 fui atleta ávido, tendo corrido maratonas e fui ciclista federado de 1989 a 1993, tendo competido em provas de mountain bike.
Treinar no Rio, desde aquela época, era uma epopeia. Aparentemente, ainda é. Quem treina para competições de ciclismo, tem que dormir cedo e acordar cedo, pois você tem que treinar na rua. Ciclovia é para deslocamento e lazer. Treinos de bicicleta se dão a mais de 30 Km por hora e só na rua você consegue desenvolver velocidades altas. Ou seja, só de madrugada você consegue fazer isto, e tem que competir com bêbados e drogados que cruzam tua frente, motoristas irresponsáveis de toda espécie, entre outras coisas.
Já sofri vários acidentes de toda espécie, com arranhões, pontos e fraturas por todo o corpo. E a maior parte deles foram causados por terceiros. Pedestres e motoristas não têm a mínima ideia do que é se equilibrar a 40 Km/h em duas rodas, sendo que o “motor” das duas rodas são suas pernas.
Mas os casos acima relatados, causados por ônibus são um absurdo. Na reportagem do Globo de 1/05 fala de uma estatística macabra. Um ônibus é multado a cada 2 minutos e meio no Rio de Janeiro e eu me pergunto: Como é que é?
Vocês já tentaram fazer vistoria de seu carro com alguma multa pendente? Não consegue. Como os ônibus fazem vistoria com este bolo de multa? Ou não fazem?
Se você acumula 20 pontos na carteira, tem a carteira suspensa. E os motoristas dos ônibus têm as carteiras suspensas?
Li agora na internet que a Prefeitura do Rio vai obrigar a que a Rio ônibus faça uma reciclagem nos motoristas do Rio. Sim, isto é bom. Mas, e a diretoria da Rio Ônibus também vai fazer uma reciclagem? Principalmente para cumprir a lei, pagando multas, fazendo as vistorias nos ônibus, entre outras coisas? Porque pelo que temos visto nos últimos acidentes, os ônibus não têm as multas pagas, não fazem vistoria, tem motorista comprando droga para pilotar ônibus, entre outras coisas.
Está na hora de dar um basta e se a opção, pelo que parece, é ter uma cidade transportada por ônibus, que tenhamos um sistema de ônibus decente, contendo:
  •       ônibus que seja ônibus, e não caminhão travestido de ônibus;
  •    ônibus com ar condicionado – no Rio não é luxo, é problema de salubridade; se você trabalha em um local que faz mais de 40 graus, pode denunciar no Ministério do Trabalho que a empresa é multada e tem que assinar um TAC (termo de ajustamento de conduta); e nos ônibus não existe salubridade?
  •    ônibus com limitador de velocidade – existem vários dispositivos no mercado;
  •     ônibus com GPS – entre outras coisas, terceiros podem controlar o trajeto, a velocidade e, podemos ter ônibus com horário e com indicador de tempo nos pontos, a exemplo de Londres;
  •    o GPS nos ônibus também permitem a instalação em celulares e tablets de aplicativos que te indicam por onde anda o ônibus que você quer pegar, Londres, de novo, é o exemplo.
E, vamos com a nossa lenga lenga de sempre. Pagamos impostos, e que não são baratos. Por onde anda o retorno deles? Está na hora da Prefeitura dar um basta e começar a moralizar a coisa, para que tenhamos transportes de massa decentes.
Em tempo: Não ando de ônibus no Rio, porque não têm horário, andam que nem doidos, e não têm ar condicionado. Em qualquer outra cidade do mundo, eu ando de ônibus e metrô. Tenho cartões de transporte de várias cidades e a primeira coisa que faço quando chego em alguma delas, dou uma recarregada neles, pois eles não têm prazo de validade. Usar transporte público em qualquer lugar do mundo é coisa normal por qualquer cidadão, e de qualquer classe social. Aqui é impossível