quinta-feira, 14 de novembro de 2013

EU SÓ QUERIA SABER ...

Vocês devem ter estranhado este meu silêncio de quase 3 meses. Mas tem explicação, uma revolta de eletroeletrônicos, culminando com o meu Mac dando uma pane, por conta de umas bobeiras de uma autorizada. Foi trocar o teclado (o zero não funcionava, e pra quem é planilheiro ...) e morreu a tela. Ou seja, fui trocar o pneu e quebraram o para brisa e o painel. Fora que pifaram quase ao mesmo tempo fogão, geladeira,e outros eletrodomésticos caseiros e isto toma tempo e cansa.
Enfim, estou de volta, e como tive umas férias meio forçadas, antes de retomar ao tema da zorra em nossas calçadas, fiquei observando nestes tempos umas coisas que não param de me encucar e acho que vocês também. E são coisas que não têm respostas, mas que usam ou lidam com o dindim de nossos impostos. Vamos lá:

1 – Engenhão – o tema me é caro, porque, para quem não sabe, sou botafoguense (desde 1957). Cai não cai, e até agora não caiu nem começaram as obras. O que é realidade? E sem explicações nem início de obras, proliferam as lendas urbanas. Aliás, se era a cobertura que ia cair, interditava o bicho cerca de um mês, tirava a cobertura e usava-se o estádio sem cobertura. E aí tinha-se todo o tempo do mundo para encontrar uma solução para a cobertura, enquanto o clube usava o estádio e não tomava um prejuízo de mais de R$ 30 milhões por ano, segundo o presidente do clube. Estranho as obras não terem começado e o clube calado.

2 – Hotel das Paineiras – outro tema caro, pois desde 1982 corro e peda;lo por ali, nos fins de semana. Finalmente resolveram reformar o Hotel. Hoje a área é administrada pela União, através do ICM-Bio, que comanda o processo de reforma do Hotel. Aí, vem o INEA, órgão estadual de meio ambiente, e embarga o treco. Minha opinião é: “choque de vaidade” e enquanto não rola um “pedido de desculpas entre vaidosos”, o treco tá parado. É isto mesmo, ou é só uma minha impressão? Pelo que li nos jornais...

3 – Hotel Nacional – Está lá abandonado e tinha sido feito um leilão do bicho, com um grupo de Goiás tendo sido o ganhador. Como está a coisa, pois a qualquer hora, aquilo ali desaba, tal o estado de abandono. Quem era responsável pelo leilão era a SUSEP, pois o Hotel fazia parte do espólio do Papatudo (lembram do Papatudo?), que era controlado pela SUSEP - Superintendência de Seguros Privados, regulador do mercado segurador e de capitalização, pois o Papatudo era um título de capitalização. Dona SUSEP vamos falar?

4 -  VLT – VLT é o veículo leve sobre trilhos, uma versão moderna do antigo bonde, e usado em diversos locais do mundo há bastante tempo, locais como Paris, Nice, Viena, etc. Aqui no Rio será usado no Centro da cidade e deverá facilitar a circulação no local, desde que racionalizem-se os traçados das linhas de ônibus. Com o VLT funcionando totalmente, por volta de 2016, espero ver a área do Castelo e da Beira Mar devolvida a população e não um mega estacionamento de ônibus (inclusive intermunicipais) como é hoje. Mas existe uma perguntinha: a ligação Porto – Terminais Rodoviários – Santos Dumont será realmente feita, integrando-se todos os modais? Já vi um bolo de mapas do VLT e a coisa não está bem clara. Fica claro que ele visa melhorar a circulação, principalmente na nova área do porto. Mas e a integração dos modais, coisa meio maluca aqui no Rio?

5 – Metrô Linha 4 – Escrevo linha 4 para caracterizar, mas é linha 1 estendida mesmo. Até no Hotel das Paineiras, acima citado, tem uma placa no local com a concepção arquitetônica de como a reforma vai ficar. É feio (minha opinião, e parece muito com aquele monstrengo de hotel na entrada da Barra), mas está lá, para críticas e elogios. Até agora não sabemos exatamente onde ficará a estação Gávea, se a mesma já via ser construída com a previsão de conexão com as linhas para Centro e Botafogo. Economizaria custos e grana de nossos impostos. Idem, gostaríamos de saber como vai ser e onde vai ficar exatamente a estação Jardim Oceânico, como vão ficar os acessos, onde vão ficar estacionamentos e se vai ter um VLT (por que não?) ligando a estação ao terminal Alvorada. Chega de ônibus fazendo isto, não é Governador e Prefeito?  Dava para apresentar os projetos? Aliás o pessoal de Ipanema brigou pela apresentação de como ficariam os acessos na General Osório e parece que conseguiram. Dava para fazer o mesmo com o povo pagador de imposto da Barra e da Gávea? E esclarecerem as dúvidas?

6 – Minhocão do Pita – Esta é pra paulista. Já tem tempo, lá por volta de 2004, e eu tinha um cliente no Belenzinho. Saía da Paulista e ia para a fábrica do cliente e passava por umas construções de uma coisa que parecia um viaduto, mas os taxistas que me levavam para o Belenzinho diziam que era um metrô tipo ônibus e chamavam de “minhocão do Pita” que era o prefeito que tinha inventado o treco Saiu? Tá funcionando? Deu em que? Nunca mais ouvi falar e circulo por São Paulo e não vejo nada parecido.

7 – Asfalto fresado – Aqui no Rio, no início do primeiro mandato do atual prefeito, rolou uma campanha de mal marketing, o “asfalto liso, eu gosto”. A Prefeitura gastou nosso dindim pra dizer que nós gostamos de asfalto liso. É mais do que óbvio. Mas uma coisa, desde aquela época, e já fazem mais de 4 anos, ficou na minha cabeça. Vão alisar o asfalto, mas antes fresam o bicho. E demora, demora a colocar o asfalto novo. Semana passada, circulando pela Barra, vi que a Av. Marechal Henrique Lott estava fresada, com cada cratera de fazer inveja a um campo de prova e de testes de tanques do exército. Não entendo como não fresam em um dia e começam a asfaltar no outro. Só se for para contribuir com a indústria de molas e amortecedores, ou para mostrar que estão asfaltando. Colocam o bode na sala e depois tiram.
8 – Transporte de carros por cegonhas – Essa deve ser uma tremenda lenda urbana (ou rodoviária). A coisa é meio pela piada, tipo enterro de anão, cabeça de bacalhau, etc. Várias pessoas já me disseram que tem uma lei que proíbe o transporte interestadual de automóveis zero Km, das fábricas para as revendedoras, por outro meio de transporte que não seja o rodoviário, via as cegonhas. Eu já até fiz pesquisa na legislação, usando a internet, e não achei nada. Mas, também, nunca vi trem transportando carro, ou mesmo navio (navegação de cabotagem). Será mesmo uma lenda urbana ou rodoviária?

9 – Automóvel comprado fora do município de residência – Eu, por diversas vezes, fui comprar um carro zero Km e vi que em SP, por exemplo, o preço do veículo era muito mais barato. Aliás, no interior de SP e dependendo do modelo, a diferença é brutal. Mas não podia, pois eu não tinha comprovante de residência no município. Ninguém nas revendedoras soube me explicar o porque. Pombas, isto é reserva de mercado, formação de cartel (e de quadrilha) etc etc. Eu, pagador de impostos, não posso comprar onde melhor me derem as condições? Pagando menos? Ou o Estado tem que me tutelar? E onde fica a concorrência perfeita?  E para que servem o CADE - Conselho Administrativo de Defesa (?) Econômica e a SDE – Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça? Estes dois órgãos vivem com o dindim dos nossos impostos e deveriam explicar estas coisas.

10 – Lacre nas placas dos automóveis – Esta é para quem mora no Estado do Rio de Janeiro, já que nunca emplaquei carro fora do Estado. Ligado ao meu questionamento anterior, há um tempo atrás comprei um carro numa revendedora fora do município do Rio. Era muito mais barato, cerca de 8% de diferença e usei o endereço de um amigo. Recentemente, fui fazer a transferência de município, e teve que trocar a plaqueta do município de origem para o do Rio de Janeiro. No Detran, na hora de colocar o lacre, a pessoa me alerta para ter cuidado com o lacre de plástico, principalmente se eu lavasse o carro em lava a jato, pois o lacre era frágil, e se quebrasse, eu deveria passar pelo custoso processo de reemplacamento. Êpa, e por que não fazem o lacre mais resistente, de aço por exemplo? Quem assistiu aula de química, não matando a aula, sabe que plástico é derivado de carbono e tem prazo de vida útil, envelhece, aliás como todos nós, enruga, enruga e morre.  Ou fazem de plástico, para quebrar mesmo e arrecadar mais taxas?


Estas são algumas dúvidas que há muito me assombram (algumas) e vocês devem ter mais algumas do arco da velha. Mandem, comentem, que eu publico.