terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A IRRESPONSÁVEL OPÇÃO PELOS ÔNIBUS

Ano passado, quem for pesquisar os arquivos do blog, escrevi uma série de três artigos falando sobre a opção que as sucessivas administrações da Cidade do Rio de Janeiro fizeram em prol de um transporte de massa sobre 4 rodas. A crítica que faço é pela irresponsabilidade de governadores e prefeitos que, desde os anos 80, passaram por esta cidade.
Nestes artigos falava sobre os fluxos de trânsito, nas sucessivas tentativas de se fazer intervenções na “geografia” da cidade para o deslocamento de seu Centro, e que a opção feita por ônibus como principal transporte de massa era uma irresponsabilidade. Que o transporte de massa sobre trilhos era a saída mais correta, e que os fluxos de trânsito tinham que respeitar a nossa complicada geografia, cheia de morros e circundada pelo mar.
Esta situação chegou esta semana a um clímax. Com o fechamento da Perimetral e com a inversão de mão de várias ruas, sem um reordenamento de trajeto de linhas de ônibus, está levando a cidade a um caos. O caos já se anunciava, pois na semana passada, foi interrompido o tráfego dos trens suburbanos por mais de 12 horas
E, hoje, 28.01.2014, um acidente na Linha Amarela fecha a via, e autoridades, rádios e demais meios de comunicação pedem às pessoas para restringir sua circulação. Aliás, esta restrição de circulação vai ser a tônica este ano na Cidade do Rio de Janeiro.
Alguns comentários:
- Será que nossas autoridades continuarão a insistir neste modelo? E não investir em transporte de massa por metrô e bondes (VLT, pois a turma gosta de siglas)?
- Não adianta dizer que o transporte sobre trilhos é caro, pois cidades como Londres, Paris e Nova Iorque continuam a investir em metrôs, RER (trem subterrâneo de Paris), Crossrail (trem subterrâneo de Londres), DLR (metrô leve de Londres). E são cidades com muito mais problemas em escavações do que o Rio.
- O Rio tem uma cadeia de montanhas em seu meio, que poderia abrigar uma série de linhas de metrô, principalmente a ligação Rua Uruguai – Gávea, que retiraria uma série de linhas de ônibus que circundam o maciço da Tijuca; e o exemplo que lembro é o sistema de túneis por baixo de Mônaco, verdadeiras freeways em baixo da cidade.
- É fácil para uma autoridade pedir para que todos fiquem em casa, decretar feriado em dias de jogos na Copa do Mundo ou mesmo em Olimpíadas. E fica a pergunta: Quem paga a conta das empresas que terão dias parados, ou mesmo empregados com baixa eficiência por conta de 4 ou mais horas por dia dentro de ônibus quentes, ineficientes, sujos, mal conservados?
Nesta história toda, fora os prejuízos de todos, é que não vejo nenhuma entidade de classe, tipo Associação Comercial ou FIRJAN, reclamar da situação. O Rio perde eficiência, perde dinheiro mesmo com esta opção irresponsável de transporte de massa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário